O Conselho Federal de Psicologia vem a público lamentar as palavras do Presidente do Conselho Federal de Medicina, publicadas na matéria do jornal Estado de São Paulo, no dia 8 de fevereiro, após aprovação do PL do Ato Médico, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, pois estas não refletem o real papel da Psicologia, como ciência e profissão, e acreditamos que tampouco represente a visão da categoria dos médicos.
Quando diz que para diagnosticar a depressão os psicólogos precisariam estudar psiquiatria em sua fala “Como tratarão neuroses, esquizofrenia? Só com papo e conversa? De jeito nenhum. Essas doenças são causadas por deficiências bioquímicas, e os pacientes precisam de medicamentos.”, o presidente do CFM demonstra total falta de respeito com uma categoria que estuda a saúde mental, em seus pormenores, durante os cinco anos do curso de graduação em Psicologia. Ao dizer que os psicólogos não são capazes de diagnosticar, o Presidente demonstra total desconhecimento de nossa profissão e desrespeita uma categoria que estuda o diagnóstico mental, inclusive, por mais tempo que os médicos. Isto sem contar com a residência e pós-graduação em Psicologia, que permitem que os psicólogos aprofundem ainda mais os conhecimentos sobre o tema e técnicas e conhecimento relativos ao diagnóstico.
Da forma como descreve a atuação dos psicólogos, o presidente banaliza uma técnica utilizada há mais de cem anos, a Psicoterapia, e nega o princípio da integralidade do Sistema Único de Saúde, que visa a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos, exigidos em cada caso para todos os níveis de complexidade de assistência, englobando ações de promoção, proteção e recuperação da saúde! Ou seja, em nome do corporativismo médico, o presidente do CFM, equivocadamente, sugere que se ignore a visão do homem em todas as suas dimensões, psicológicas e sociais,, conforme a definição de saúde da Organização Mundial de Saúde como situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.
O presidente do CFM, com suas palavras, demonstra pensar ser o medicamento o carro-chefe do tratamento, limitado à prescrição e reduzindo o homem a uma forma puramente biológica.
Importante lembrar que o Direito à saúde faz parte dos direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas, reconhecido na Constituição Federal de 1988, de modo não limitado, e sim multiprofissional e integral.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.
A Psicologia repudia essa fala pois tem certeza que não só os psicólogos, mas os próprios médicos não concordam com uma posição retrógrada e limitada como esta.
Quando diz que para diagnosticar a depressão os psicólogos precisariam estudar psiquiatria em sua fala “Como tratarão neuroses, esquizofrenia? Só com papo e conversa? De jeito nenhum. Essas doenças são causadas por deficiências bioquímicas, e os pacientes precisam de medicamentos.”, o presidente do CFM demonstra total falta de respeito com uma categoria que estuda a saúde mental, em seus pormenores, durante os cinco anos do curso de graduação em Psicologia. Ao dizer que os psicólogos não são capazes de diagnosticar, o Presidente demonstra total desconhecimento de nossa profissão e desrespeita uma categoria que estuda o diagnóstico mental, inclusive, por mais tempo que os médicos. Isto sem contar com a residência e pós-graduação em Psicologia, que permitem que os psicólogos aprofundem ainda mais os conhecimentos sobre o tema e técnicas e conhecimento relativos ao diagnóstico.
Da forma como descreve a atuação dos psicólogos, o presidente banaliza uma técnica utilizada há mais de cem anos, a Psicoterapia, e nega o princípio da integralidade do Sistema Único de Saúde, que visa a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos, exigidos em cada caso para todos os níveis de complexidade de assistência, englobando ações de promoção, proteção e recuperação da saúde! Ou seja, em nome do corporativismo médico, o presidente do CFM, equivocadamente, sugere que se ignore a visão do homem em todas as suas dimensões, psicológicas e sociais,, conforme a definição de saúde da Organização Mundial de Saúde como situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.
O presidente do CFM, com suas palavras, demonstra pensar ser o medicamento o carro-chefe do tratamento, limitado à prescrição e reduzindo o homem a uma forma puramente biológica.
Importante lembrar que o Direito à saúde faz parte dos direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas, reconhecido na Constituição Federal de 1988, de modo não limitado, e sim multiprofissional e integral.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.
A Psicologia repudia essa fala pois tem certeza que não só os psicólogos, mas os próprios médicos não concordam com uma posição retrógrada e limitada como esta.
Me impressiona a ignorância desse presidente do Conselho Federal de Medicina. O profissional psicólogo estuda psicopatologia, psicofarmacologia, neuropsicologia, etc... Passa 5 anos em formação... Como podem simplesmente desconsiderar todo esse tempo de estudo sobre o aspecto psiquico? São profissionais mais que preparados para diagnosticar e fazer indicação terapêutica.
ResponderExcluirOutro ponto, esse Roberto d’Avila ainda reduz o transtorno mental ao biológico, esquecendo ou desconsiderando os outros fatores. Daí fica fácil deduzir que para ele a terapêutica para esses sujeitos é exclusivamente medicamentosa, o que nos leva direto para sua visão de tratamento para o "louco": manicômios!
Bom, então, segundo dizem, voces são os proprios medicos, não é?Voces aboliram a medicina e se colocaram no lugar deles.Se voces estudaram mais que eles, estão mais preparados que eles, realmente, não se precisa mais de medicos...Pelo que falaram, a profissao de voces existe ha muito tempo. A medicina deve ser bbbeeemmm mais recente, não é?Voces estão se infiltrando na medicina, tentando virar médicos, isso sim...Se medicina é a mesma coisa de psicologia, porque não fizeram logo medicina?Será que não tentaram?Porque entraram na psicologia e depois quiseram fazer o trabalho que já era tradicionalmente do médico?Fizeram psicologia para virar médico?Outra coisa para voces entenderem:O bom psiquiatra faz, alem do tratamento "biológico" como dizem, a psicoterapia.Essa visão maldosa e discriminatória de "louco" partiu de um psicólogo,não de um médico... Que tal se eu encaminhasse um dos pacientes em crise dos que chegam no hospital em que trabalho como assistente social,para o consultorio de voces, quebrando tudo, rasgando as roupas dos medicos que os atendem, esmurrando, chutando, cuspindo, agredindo,como eu mesma ja presenciei inúmeras vezes, para voces "diagnosticarem",fazerem "terapia", sem serem antes medicados pelos"maldosos e ineficazes" medicos? Querem tentar????
ResponderExcluirBem, trabalhamos no Hospital Juliano Moreira, referência em saúde mental na Bahia, recebemos diariamente pacientes graves, em surto psicótico e o atendimento é feito por um psicólogo e por um psiquiatra. Cada um trazendo suas contribuições. Me parece que ainda não está muito claro para pessoas fora dessas duas áreas a diferença entre o que cada um faz, mas são trabalhos totalmente diferentes.
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